"Socorro, ninguém paga a ninguém".
Esta poderá ser actualmente a frase mais ouvida dentro das empresas.
Mas a mesma não surge por mero acaso. A falta de liquidez que atormenta a nossa economia pode ter várias causas, mais ou menos facilmente identificáveis. O estado atrasa-se nos seus pagamentos, dilatando os prazos de recebimento dos seus fornecedores, que por sua vez os passam a montante na sua fileira industrial. As grandes cadeias de distribuição negoceiam, também por sua vez, prazos de pagamento que nem sempre cumprem escrupulosamente. Com as várias ondas de “down sizing”, as empresas passaram a utilizar serviços externos para desempenharem actividades que anteriormente eram desempenhadas por pessoal interno e, ao menor sintoma de dificuldade de tesouraria, os pagamentos a esses novos fornecedores de serviços. Por outro lado, a honestidade no negócio já não é o que era, e o mercado está cada vez mais cheio de “artistas” que usam e abusam do sistema para encherem os bolsos à custa de outros.
Está-se efectivamente a passar um fenómeno deveras interessante, para o qual devemos todos ter muita atenção. As dificuldades de tesouraria podem fechar umas empresas de um dia para o outro. Já não é a rentabilidade económica que determina o sucesso ou insucesso de uma empresa. É antes a sua capacidade de seleccionar clientes pagadores, de se proteger contra créditos mal parados através de seguros ou garantias vivas, e ainda a de cobrar aos seus clientes, que podem determinar o sucesso de uma empresa, naturalmente tudo isto suportado por um negócio economicamente viável.
É uma verdadeira aflição a que algumas empresas passam para ter suficiente dinheiro no final do mês para cumprirem com as suas obrigações para com o seu pessoal, estado e fornecedores.
Para desalento de algumas destas empresas, existe um sentimento de frustração quando se vêem obrigadas a cumprir com as suas obrigações fiscais para com um estado que sendo ele seu cliente, não cumpre com a sua obrigação mais básica que é pagar a quem o fornece, de forma a dar o exemplo certo ao mercado e a poder exigir moralização do mesmo no que concerne a esse malfadado flagelo que é o “calote”.
Todos nós, ligados a empresas, sabemos que não podemos nunca gastar mais do que aquilo que ganhamos. Se o fizermos, corremos o risco de perder tudo o que temos a nível pessoal. Então porque podem aqueles que governam os dinheiros públicos cometerem as maiores atrocidades que se podem imaginar na gestão daquilo que pertence a todos nós? Porque não são eles responsabilizados pelos erros que cometem e obrigados a pagar os prejuízos causados? É muito fácil dizer que o voto penaliza quem cometer esses erros. Quem realmente paga os prejuízos somos nós, e a penalização para quem os causou não passa de uma simples mudança de “cadeira política” ou a colocação em algum outro cargo onde os prevaricadores podem continuar a espanejar a sua incompetência, sempre às nossas custas.
Tem de haver a coragem de mudar o sistema implantado, sob pena de assistirmos ao esvaziamento dos nossos bolsos e ao pôr em perigo o futuro de gerações futuras.
Esta poderá ser actualmente a frase mais ouvida dentro das empresas.
Mas a mesma não surge por mero acaso. A falta de liquidez que atormenta a nossa economia pode ter várias causas, mais ou menos facilmente identificáveis. O estado atrasa-se nos seus pagamentos, dilatando os prazos de recebimento dos seus fornecedores, que por sua vez os passam a montante na sua fileira industrial. As grandes cadeias de distribuição negoceiam, também por sua vez, prazos de pagamento que nem sempre cumprem escrupulosamente. Com as várias ondas de “down sizing”, as empresas passaram a utilizar serviços externos para desempenharem actividades que anteriormente eram desempenhadas por pessoal interno e, ao menor sintoma de dificuldade de tesouraria, os pagamentos a esses novos fornecedores de serviços. Por outro lado, a honestidade no negócio já não é o que era, e o mercado está cada vez mais cheio de “artistas” que usam e abusam do sistema para encherem os bolsos à custa de outros.
Está-se efectivamente a passar um fenómeno deveras interessante, para o qual devemos todos ter muita atenção. As dificuldades de tesouraria podem fechar umas empresas de um dia para o outro. Já não é a rentabilidade económica que determina o sucesso ou insucesso de uma empresa. É antes a sua capacidade de seleccionar clientes pagadores, de se proteger contra créditos mal parados através de seguros ou garantias vivas, e ainda a de cobrar aos seus clientes, que podem determinar o sucesso de uma empresa, naturalmente tudo isto suportado por um negócio economicamente viável.
É uma verdadeira aflição a que algumas empresas passam para ter suficiente dinheiro no final do mês para cumprirem com as suas obrigações para com o seu pessoal, estado e fornecedores.
Para desalento de algumas destas empresas, existe um sentimento de frustração quando se vêem obrigadas a cumprir com as suas obrigações fiscais para com um estado que sendo ele seu cliente, não cumpre com a sua obrigação mais básica que é pagar a quem o fornece, de forma a dar o exemplo certo ao mercado e a poder exigir moralização do mesmo no que concerne a esse malfadado flagelo que é o “calote”.
Todos nós, ligados a empresas, sabemos que não podemos nunca gastar mais do que aquilo que ganhamos. Se o fizermos, corremos o risco de perder tudo o que temos a nível pessoal. Então porque podem aqueles que governam os dinheiros públicos cometerem as maiores atrocidades que se podem imaginar na gestão daquilo que pertence a todos nós? Porque não são eles responsabilizados pelos erros que cometem e obrigados a pagar os prejuízos causados? É muito fácil dizer que o voto penaliza quem cometer esses erros. Quem realmente paga os prejuízos somos nós, e a penalização para quem os causou não passa de uma simples mudança de “cadeira política” ou a colocação em algum outro cargo onde os prevaricadores podem continuar a espanejar a sua incompetência, sempre às nossas custas.
Tem de haver a coragem de mudar o sistema implantado, sob pena de assistirmos ao esvaziamento dos nossos bolsos e ao pôr em perigo o futuro de gerações futuras.